''É
sempre um desafio entrar em contato com as histórias das pessoas, pois uma
coisa é você ler e saber a teoria de trás pra frente, e outra é você olhar nos
olhos do ser humano, ouvi-lo e saber seu sofrimento sem se impactar ou manter a
distância necessária ‘’psicólogo versus cliente’’. Nunca entendi muito porque
chamar o outro de ‘’cliente’’ não acho que a escuta seja uma mera ‘’venda de
mercadoria’’ não estou estudando para vender o que aprendi (e que irei que ainda aprender) por 6 anos, mas sim, sou humana, estudei para ouvir e
ajudar outro ser humano. A cada contato com o campo, é possível sentir na pele
tudo o que ouvimos, tudo o que aquela pessoa passou ou passa na vida, é comum
ouvir ‘’com o tempo você vai se acostumar e nem vai mais se impactar com essas
histórias’’, eu prefiro que não, prefiro ser uma profissional que domina a
teoria mas acima de tudo é humana e não trata o outro como ‘’cliente’’, comercializando o exercício de uma profissão tão bela. Deve
haver sim o distanciamento, mas que seja para o benefício da ciência, para executar
bem a escuta e auxiliá-lo com palavras quando necessário, diferente disso,
seria apenas uma relação amigo – amigo e não psicólogo – sujeito. Ser
psicólogo é muito mais que uma profissão, é ter amor e respeito ao próximo, é
sentir sua dor e ajudá-lo a ser uma pessoa melhor. ''
#Milly